Justiça
URGENTE!!! TODOS OS RÉUS DO CASO BERNARDO SÃO CONDENADOS
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri condenou, nesta sexta-feira (15),os quatro acusados pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, em abril de 2014.
Após cerca de 50 horas de julgamento popular, em cinco dias, a sentença foi proferida pela juíza Sucilene Engler Werle por volta das 19h no Foro de Três Passos.
Em breve, a juíza divulga as penas.
Resumo do julgamento
Leandro Boldrini
O médico Leandro Boldrini foi o primeiro dos quatro réus a ser interrogado, na quarta-feira (13). O pai de Bernardo era acusado de homicídio quadruplamente qualificado – motivo torpe, motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação-, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Ele negou participação no crime. Reconheceu que era um pai ausente, por conta do exercício profissional, disse que queria que os dois, Bernardo e Graciele, se acertassem e admitiu que hoje se arrepende, que poderia ter diminuído o ritmo de trabalho para ficar mais com o filho. “Foi a Graciele e foi a Edelvânia. E onde eu me encaixo nisso? Em lugar nenhum”, disse. “Foram elas”, frisou o réu.
Denúncia do MP
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu é o mentor intelectual do crime e incentivador da atuação de Graciele em todas as etapas, inclusive no que diz respeito à arregimentação dos colaboradores, Edelvânia e Evandro Wirganovicz.
Leandro teria patrocinado despesas e recompensas e também fornecido meios para acesso à droga Midazolan, utilizada para matar o menino. Para o MP, Boldrini e Graciele não queriam partilhar a herança de Odilaine com Bernardo, que representava um estorvo para a nova unidade familiar, formada pelo médico, a madrasta e a filha do casal, Maria Valentina.
Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo
Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo Boldrini, foi a segunda acusada a ser interrogada na quinta-feira (14). “Não sou esse monstro que a imprensa sensacionalista criou”. Ela declarou que a morte foi acidental, causada pela ingestão excessiva de remédios, ‘nada premeditado’.
Narrou que insistiu muito para que Edelvânia a ajudasse, quando percebeu que Bernardo estava sem pulso. “Em nome da nossa amizade. Ela me ajudou a cavar o buraco e enterrar ele.” E isentou Leandro e Evandro: “Pensei em contar para ele muitas vezes. Mas tive medo da reação”.
Já o irmão de Edelvânia, ela afirmou ter conhecido no júri.
Denúncia do MP
Graciele Ugulini, conforme a denúncia do MP, concorreu para a prática do crime ao associar-se a Leandro Boldrini no planejamento do crime, participando diretamente de sua execução em todas as etapas, arregimentando comparsas para a prática criminosa, conduzindo a vítima até o local de consumação do homicídio, ministrando-lhe medicamento tanto por via oral quanto intravenosa, além de engendrar e encenar etapas de álibi.
O motivo seria porque ela e Leandro não queriam partilhar com Bernardo os bens deixados pela mãe dele e também porque consideravam o menino ‘um estorvo’.
Ela teria oferecido dinheiro à Edelvania Wirganovicz para ajudá-la a matar Bernardo. Também respondia por ocultação de cadáver.
Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele
Também na quinta-feira (14), Edelvânia Wirganovicz declarou que sua participação na morte de Bernardo Boldrini foi indicar e cavar a cova onde o corpo do menino foi enterrado.
Ela inocentou o irmão, Evandro, também réu.
Ela declarou em Plenário que acobertava um relacionamento que a madrasta de Bernardo tinha em Frederico Westphalen.
Na sexta-feira, dia em que Bernardo foi morto, Graciele teria um encontro com o amante. Mas disse a Leandro que ia para Frederico Westphalen comprar uma televisão. Teria sido o médico que mandou Bernardo ir junto com a madrasta.
Eles chegaram à cidade, entraram no carro de Edelvânia. A Assistente Social ficou com Bernardo na praça para que Graciele pudesse ir ao encontro. “Bernardo começou a surtar. Graciele voltou, abriu a bolsa e deu remédios para ele. Colocamos ele no meu carro, e ele desmaiou.”
Nesse momento, Edelvânia insistiu para levar o menino a um hospital, mas Graciele não deixou. Ela queria ir na Delegacia, mas foi ameaçada pela amiga: “Tu vai levar a culpa porque é pobre.” Disse também que a Enfermeira ameaçou a família dela.
Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia
O motorista Evandro Wirganovicz, acusado pelo Ministério Púlbico de ter aberto a cova onde o corpo de Bernardo Boldrini foi enterrado, foi o último réu interrogado, na quinta-feira. Ele negou participação no homicídio do menino. “Nunca fiz nada de errado. O que eu sei é o que a mídia falou. Eu não sabia de nada”, declarou.”Tenho orgulho de ser quem eu sou. Deus sabe que eu não devo. Vou contar tudo o que aconteceu para os meus filhos.”
Cantor grava música em homenagem á Bernardo:
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