Notícias
“Tentava respirar e desmaiava”, diz vizinha que socorreu e levou menino de dois anos ao hospital de Ponte Serrada
A vizinha do pequeno Lyan de Oliveira, de apenas dois anos de idade, que levou a criança ao hospital, relatou como foi o socorro do menino que morreu com diversos sinais de agressão, em Ponte Serrada, no Oeste de Santa Catarina. O caso foi registrado na noite do último sábado (05), no Distrito de Bahia Alta, no bairro Cohab. A Polícia Civil já começou a ouvir testemunhas.
Em entrevista ao site Oeste Mais, Diana Antunes Fernandes, disse que havia retornado do mercado e ouviu gritos que vinham da casa ao lado. A tia da criança teria saído pela porta e pediu por ajuda, com o menino nos braços, ela então disse que Lyan tinha caído e batido a cabeça.
“Jogou ele nos meus braços […]. Tentei erguer ele para cima pra ver se voltava a respirar, porque ele estava molinho já. Coitadinho, tentava respirar e desmaiava de novo”, relatou a mulher.
Ainda conforme Diana, a criança estava pálida e sangrava pelo nariz, como o menino não acordava, a vizinha o levou para dentro da residência e tentou reanimá-lo com massagem cardíaca, ao perceber que não seria suficiente, pediu socorro a outro vizinho, para o levar ao hospital.
Segundo a mulher, ao Oeste Mais, ela mora há quatro meses no bairro e disse não conhecer direito os tios da criança e que também conversava muito pouco com eles no dia a dia, mas também relatou que ouvia o choro dos pequenos diariamente.
“Teve um dia que a senhora [avó de Lyan], acho que é mãe dele [tio do menino], implorou pra não baterem nas crianças. Eles viviam trancados”, revelou ao Oeste Mais.
De acordo com a mulher, no momento em que foi procurada para auxiliar no socorro de Lyan, apenas a tia, a avó e as outras crianças estavam na casa. O tio do menino estaria no trabalho e só retornou após ser avisado do ocorrido.
A mesma moradora, assim como outras testemunhas, disse que o menino andava sem fraldas em casa e costumava apanhar porque fazia as necessidades fora do vaso sanitário. Na noite em que foi levado ao hospital, Lyan chegou até a unidade totalmente sem roupa.
Conforme as testemunhas, o Conselho Tutelar já havia realizado diversas “visitas” aos tios do menino.
Crianças eram pouco vista pelos vizinhos
O proprietário da residência, onde a família morava, também concedeu uma entrevista ao Oeste Mais e disse que o contato com a família só ocorria quando precisava fazer o acerto do aluguel ou conversar sobre algo relacionado à casa. Mas, nas poucas vezes em que falou com eles, ‘pareciam ser pessoas normais’.
Conforme o homem, eram poucas as vezes que via as crianças brincando ou a casa aberta. Praticamente o dia todo, elas ficavam trancadas, inclusive nos finais de semana. Nos dias em que os menores eram vistos do lado de fora da residência, o tio estava em casa, na companhia deles.
Mãe trabalha em outra cidade
Na última segunda-feira (07), o ClicRDC conversou com a mãe e Lyon, Simone de Oliveira, de 33 anos, mora em Brusque, no Vale do Itajaí e afirmou que deixou a criança com o irmão e a cunhada para que pudesse trabalhar, mas que sempre estava em contato com a família.
Quando ela soube da morte do filho, ficou sem saber o que fazer. Em áudio enviado ao ClicRDC, ela disse que começou a gritar e não conseguia acreditar na notícia que tinha ouvido.
“Eu comecei a gritar, eu não acreditava que ele tinha morrido. Morreu do que? Meus filhos estavam bem, estavam com saúde. Como é possível de uma hora para outra uma criança ficar mal e morrer?”, disse a mulher.
Após a morte do menino, a mulher disse que não consegue dormir direito e que ainda não acredita que perdeu o filho.
“É uma coisa inacreditável! Uma coisa que nem eu até agora estou acreditando. Hoje eu até consegui dormir um pouco, à noite fui dormir às 3h da madrugada. Eu não consegui dormir, não consigo me alimentar. Enquanto não vier a Justiça, eu não sei o que vou fazer da minha vida”, falou a mãe da criança.
Investigação
Logo após o crime, a Polícia Civil de Ponte Serrada começou a apurar as informações, mas por conta da complexidade do caso, foi transferido para a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Xanxerê.
Testemunhas começaram a ser ouvidas no início da semana e conforme o delegado Marcelo Teske, que está à frente da investigação, trata-se de um caso complexo e que estão aguardando o laudo do IML para apurar as causas da morte.
Ainda conforme o delegado, “não há nada ainda em desfavor do casal e a investigação corre em segredo de justiça”.
-
Acidente3 dias atrás
Caminhoneiro de Erechim morre em acidente com incêndio em carreta na Rodovia Régis Bittencourt
-
Notícias4 dias atrás
Ataque a tiros deixa um morto e uma jovem na UTI em Erechim
-
Notícias6 dias atrás
O que se sabe sobre o ataque a tiros que deixou um morto e um ferido em Erechim
-
Acidente1 dia atrás
Homem bate na esposa com pedaço de pau e morre em acidente durante fuga
-
Notícias1 dia atrás
Homem é morto a tiros no Bairro Cerâmica, em Erechim
-
Notícias5 dias atrás
Mulher sofre importunação sexual no Parque Longines Malinowski
-
Notícias6 dias atrás
Polícia prende em Erechim dois homens em flagrante após ataque a tiros que resultou em morte
-
Acidente3 dias atrás
Adolescente morre em acidente de trânsito em Caxias do Sul