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Polícia

Sobrinho de comerciante está entre os presos do latrocínio em Sapiranga; o outro é um dos que invadiu mercado

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Sapiranga – Sentado no chão, ao lado da porta do minimercado, em prantos e amparado por amigos e familiares. O companheiro da comerciante Eva Nelí dos Santos Landim da Rosa, 62 anos, que acabara de ser assassinada em um latrocínio (roubo seguido de morte), perdera as forças ao ver o corpo da esposa minutos antes, caído atrás do balcão do estabelecimento do qual os dois gerenciavam.

Wellington e Anatan foram presos durante cerco montado pela Brigada Militar (Fotos: Melissa Costa)

Por volta das 15 horas de terça-feira, dia 24, dois criminosos, armados, invadiram o local, que fica na rua Rosa Meirelles, no bairro Floresta (conforme o novo plano diretor), e anunciaram o assalto. Em uma ação rápida e em circunstâncias que ainda são investigadas, Eva, que atendia sozinha naquele momento, foi alvejada por dois disparos que atingiram o pescoço e tórax. A vítima caiu morta no chão e os bandidos fugiram correndo pela estrada. A Brigada Militar foi acionada e, ao se aproximar, se deparou com um veículo Sonata, preto, fugindo em alta velocidade. Um cerco foi montado e os bandidos acabaram capotando o veículo na Estrada na Integração, na divisa entre Taquara e Parobé. Foram presos, de imediato, Wellington Mariel da Silva Rosa, 23 anos, sobrinho da vítima e acusado de estar dirigindo o veículo, e Anatan Souza Bueno, 24, um dos criminosos que invadiu o mercado. Um terceiro comparsa conseguiu escapar.

Armas e dinheiro apreendidos

Durante o cerco e as duas prisões, os policiais militares apreenderam uma pistola calibre 9 milímetros, um revólver calibre 38, bem como munições das respectivas armas; R$89,00 em dinheiro, um celular e uma faca. Um outro revólver foi apreendido no local do crime, próximo ao corpo da vítima. O cerco montado pela Brigada Militar contou cerca de 30 policiais das guarnições de Sapiranga, Araricá, Taquara, Parobé e da Força Tática do 32ºBPM. A Polícia Civil de Sapiranga segue na investigação do caso.

Armas e faca apreendidas pela polícia (Foto: Mario Monteiro/Bm)

Testemunha escutou disparos e flagrou bandidos fugindo correndo com arma em punho

Minutos após o crime, moradores se aproximaram do minimercado. Uma testemunha contou que escutou dois disparos de arma de fogo e, em seguida, conseguiu ver dois criminosos correndo em disparada pela rua. “Estava com as minhas filhas perto e entramos em pânico. Um deles, foi possível ver a arma na mão. Eles saíram correndo em direção de dar a volta na quadra”, contou a testemunha. Em seguida, sem jamais imaginar que a dona do mercado estivesse morta, essa pessoa foi até o minimercado. “Esperei um pouco, para ter certeza de que eles não voltariam e foi até o mercado. Quando entrei, vi a pior cena da minha vida. O marido já havia entrado e estava em desespero, vendo a mulher morta, toda ensanguentada”, contou ele, incrédulo. “É triste e revoltante ao mesmo tempo.”. Moradores logo acionaram a Brigada e também uma equipe do Samu, no entanto, a vítima não tinha mais sinais vitais.

Fugitivo já foi identificado pela Polícia Civil

O delegado Fernando Branco indiciou os dois presos por latrocínio e revela que a equipe já identificou o criminoso que fugiu. Em depoimento, o sobrinho Wellington apresentou uma versão que não convenceu a polícia. Ele disse que os dois bandidos (preso e o que fugiu) lhe pegaram a força e o objetivo era exigir que a tia lhes dessem dinheiro para “libertá-lo”. O sobrinho estaria devendo para a dupla. Anatan, por sua vez, confessou o roubo e relatou que o sobrinho, inclusive, ajudou a planejar a ação criminosa. Ele teria ficado dentro do carro para a tia não reconhecê-lo, enquanto Anatan e o comparsa cometeriam o roubo. Na ação, a vítima teria reagido, sacando uma arma, quando foi atingida. Ao lado do corpo, a polícia localizou um dos revólveres.

Veículo Sonata que era conduzido pelos criminosos (Foto: Mário Monteiro/BM)

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