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Agronegócio

Safra de pinhão no RS deve reduzir mais da metade neste ano, prevê Emater

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A produção de pinhão no Rio Grande do Sul deve reduzir em até 60% neste ano em relação ao colhido no ano passado, conforme prevê a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do RS (Emater-RS) A colheita e a comercialização do pinhão no Rio Grande do Sul foram liberadas pela Polícia Ambiental do estado na última segunda-feira (15). Os preços já assustam os compradores: o quilo do produto pode chegar a R$ 10 em alguns comércios.

“Quem tem, quem junta no mato e traz aqui para nós, a gente tem que pagar o preço que eles querem, porque tá todo mundo atrás do pinhão. Se o frio vier então, o preço tende a subir cada vez mais”, diz o empresário Daniel Peres, que vende pinhão em seu estabelecimento.

A previsão de queda na produção se deve ao fato de que a pinha demora dois anos para se formar. Em 2017, as araucárias sofreram com uma geada fora de época. A polinização dos frutos foi dificultada, e por isso há mais falhas do que pinhões dentro das plantas que se formaram.

No ano passado, 800 toneladas foram comercializadas. “Nós viemos aí com safras normais no Rio Grande do Sul, e aí chega o momento que a árvore precisa descansar, e aliado a esse descanso fisiológico necessário da árvore, ocorreu esse fenômeno meteorológico climático, que levou a essa redução drástica para a safra de 2019”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, Ilvandro Barreto de Mello.

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor de pinhão, com cultivo concentrado na Serra e no Norte do Rio Grande do Sul. Porém, os produtores estão enfrentando dificuldades. “Praticamente a gente não tá encontrando pinhão. Esses poucos que caem no chão, os bichos, os animais silvestres estão comendo ainda”, reclama o agricultor Carlos Leandro Lacourt.

A redução também afetou araucárias do Paraná e Santa Catarina, que abastecem o mercado gaúcho em épocas de escassez. Essa pode ser a menor safra dos últimos 20 anos.

Redução da safra de pinhão no RS chega até 60%

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