Política
PSB-SC quer cancelar ida de Lula ao Estado por impasse com PT
Diante de impasses para a definição do palanque eleitoral, integrantes do PSB de Santa Catarina querem que o PT cancele a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Estado. A viagem do pré-candidato à Presidência da República está marcada para 2 e 3 de junho.
Petistas insistem na pré-candidatura do ex-deputado Décio Lima, mas os pessebistas querem que o senador Dário Berger dispute o governo do Estado com apoio do ex-presidente.
O congressista deixou o MDB e se filiou ao PSB em março, no mesmo dia em que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, hoje vice na chapa de Lula, também passou a integrar o partido.
Berger fez o movimento já com a promessa de que seria o candidato da coligação do petista em Santa Catarina.
“Não chegamos a um entendimento com os outros partidos, por isso, a minha solicitação é para que Alckmin não vá a Santa Catarina até que haja uma solução”, disse Berger.
Alckmin acompanhará Lula no percurso, que inclui também o Rio Grande do Sul. O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) também deve acompanhar a comitiva. Ele foi convidado pelo ex-presidente que quer aproveitar a viagem para tentar convencê-lo a abrir mão da disputa pelo Executivo paulista. O PT tem como pré-candidato o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.
Caso a viagem seja mantida, integrantes do PSB catarinense não devem participar dos compromissos com Lula e Alckmin. Por isso, o pedido pelo cancelamento. A ideia é evitar constrangimentos com a presença de integrantes da cúpula nacional no Estado.
O impasse em Santa Catarina mostra como a tentativa do PT de ocupar os principais postos nas chapas em alguns Estados tem causado atritos com aliados. Os imbróglios acabam dando trabalho a Lula.
Santa Catarina passou de uma preocupação menor para um dos principais problemas da pré-candidatura em poucas semanas. Trata-se do 10º maior eleitorado, com 5,3 milhões de integrantes segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Como o Poder360 mostrou, Lula também pode ficar sem o apoio dos aliados na visita ao Rio Grande do Sul, em 1º de junho.
O campo político de Lula tem 3 pré-candidatos a governador no RS: Edegar Pretto (PT), Pedro Ruas (Psol) e Beto Albuquerque (PSB).
Petistas ouvidos pela reportagem avaliam haver grandes possibilidades de acordo com o Psol para unificar as candidaturas.
Com o PSB local, porém, as chances são pequenas. Caso haja acordo, provavelmente será entre dirigentes nacionais dos partidos, e não locais.
A equipe de Lula, no entanto, planeja reunir as 3 siglas em evento em Porto Alegre (RS). A ideia é que, mesmo que existam candidaturas independentes, os partidos mostrem união em torno ex-presidente.
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