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Professora de creche em Blumenau que ajudou a retirar crianças do local sofre infarto

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A assessora jurídica da Creche Cantinho Bom Pastor, Patricia Kasburg, informou ao GLOBO na manhã deste sábado (8) que uma das professoras da escola, identificada como Alaide, teve um infarto após o massacre na instituição, ocorrido na última quarta-feira. A docente, de 60 anos, passou mal na quinta-feira e foi internada às pressas. Ela era uma das profissionais que estavam na creche no momento do ataque e ajudou a socorrer os alunos.

Foto: Cristóvão Vieira/O Município

De acordo com Patricia, Alaide foi submetida a uma cirurgia para introduzir um cateter no coração. Os médicos apontam que a professora sofreu um “estresse pós-traumático muito grande”, que resultou no infarto. Apesar de ainda estar internada no hospital, o estado de saúde de Alaide é estável.

A creche Cantinho Bom Pastor foi atacada na manhã de quarta (5) por um homem, de 25 anos. O autor do crime teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, após passar por audiência de custódia na tarde de quinta-feira. Quatro crianças morreram e outras cinco ficaram feridas, mas passam bem.

O homem, que estava armado com uma machadinha, já possuía antecedentes criminais. A arma usada nos assassinatos é uma espécie de machado pequeno, o qual pode ser manuseado com uma única mão. O comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar de Blumenau, Márcio Alberto Filippi, não especificou quais foram os crimes cometidos pelo jovem anteriormente. A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o caso e apura se o responsável pelo atentado agiu sozinho ou contou com a ajuda de outra pessoa.

Professor que ‘apoiou’ ataque será investigado

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) instaurou um inquérito para apurar a conduta de um professor que apoiou o ataque à creche em Blumenau. O docente afirmou em sala de aula que “mataria uns 15, 20”, em referência ao ato criminoso praticado por um homem de 25 anos que invadiu a unidade de ensino e assassinou quatro crianças. O delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, informou ao GLOBO que o professor é suspeito de apologia ao crime.

— Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando — disse o professor em vídeo gravado por alunos.

O professor será intimado na próxima segunda-feira a prestar depoimento. A PCSC também quer ouvir os relatos da direção escolar e de testemunhas.

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