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Polícia encontra sangue no carro da filha de idosos que desapareceram

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A 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha e o Instituto Geral de Perícias (IGP) realizaram operação no bairro Niterói, em Canoas, nesta sexta-feira (25). O alvo era a casa da filha do casal de idosos, moradores de Cachoeirinha, que desapareceu misteriosamente.

Sob responsabilidade do delegado Anderson Spiers, a ação apreendeu sete aparelhos celulares (um deles semelhante ao que familiares relataram ser de uso do idoso), agulhas de insulinas, veneno de rato, um notebook e dois HDs externos. Além disso, com uso de luminol, o IGP identificou manchas de sangue no carro da mulher. Peritos ainda vão analisar se o sangue é do casal desaparecido.

Foto: Arquivo pessoal

Rubens e Marlene Heger, de 85 e 53 anos, desapareceram da casa da filha, em Canoas, há um mês. O que intriga a polícia, no entanto, é que eles não são vistos desde o dia 27 de fevereiro, apenas pela filha, que fez o registro do desaparecimento apenas no dia 2 de março, e do filho dela, um jovem de 28 anos. A polícia já descarta que tenham fugido por vontade própria.

Em entrevista a reportagem de Agência GBC, o delegado – que está responsável pelo caso –, afirmou que escutou testemunhas, familiares e solicitou perícias e as quebras de sigilos bancários e telefônicos do casal.

O caso tem sido um mistério e intrigado a Polícia Civil. Os idosos vivem em Cachoeirinha, onde o filho Clóvis de Almeida Heger, encontrou a casa do pai e da madrasta com portas e janelas entreabertas. O carro estava na garagem, roupas e louças em ordem, o que afasta a possibilidade de assalto.

A filha de Rubem foi uma das ouvidas por Spiers. Ela foi gravada por uma câmera de segurança chegando na residência e sendo recepcionada pela madrasta, Marlene. Cerca de quatro horas depois, o vídeo mostra o carro manobrando do pátio para dentro da garagem, de ré. Colchões são colocados em pé na frente do veículo, obstruindo a visão, e, pouco antes das 16h, o Fiesta deixa o imóvel.

A filha de Rubem fecha o portão, entra no carro e parte. Não é possível ver se o casal desaparecido estava no veículo. Ela afirma que ajudou o pai em mudanças, vendendo itens para vizinhos. O objetivo era arrecadar dinheiro.

Para a polícia, a mulher contou que levou o pai e a madrasta para passarem o feriadão de Carnaval com ela em Canoas. Segundo o depoimento dela, dois dias depois, foi até um posto de saúde e, quando retornou, o casal havia ido embora.

Conforme a investigação, o pai desaparecido conseguiu arrecadar R$ 70 mil com a venda de um caminhão nos últimos meses. Essa é uma das linhas de investigação, já que o dinheiro pode ser um dos motivadores para um possível crime.

O delegado Anderson Spier ressalta que quem tiver informações que possam auxiliar a polícia, deve entrar em contato pelo telefone da 1ª DP de Cachoeirinha (51) 3470-1122 ou por meio do Disque Denúncia da Polícia Civil, no 181.

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