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Segurança

Mulher baleada pelo ex se escondeu durante duas semanas até conseguir medida protetiva

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“Quando a gente viu, ele entrou, de ‘sopetão’ e chegou pedindo: ‘Me dá teu celular’. E ela disse: ‘Não, não vou dar meu celular, eu tenho uma medida protetiva, vou chamar a polícia’. Quando ela disse isso, ele já sacou a arma. Ele já foi indo para o lado dela, e aí já não vi mais nada, só escutei o barulho do tiro e vi ele saindo correndo”, conta a mãe.

Vitoria foi atingida no rosto. Ela foi internada e passou por cirurgia.

Foto: Arquivo Pessoal

A jovem morava com o empresário há quase dois anos, mas há um mês resolveu se separar. Foi quando começaram as ameaças, de acordo com a família.

“Ele sempre teve muito ciúmes dela. Não sei se pelo fato de ela ser 20 anos mais nova, não sei se isso trazia uma insegurança para ele. Eu dizia: ‘Tenha confiança, a Vitoria fica o dia inteiro na loja comigo”, relata Suzamar.

O delegado Ivair Santos, que investiga a tentativa de feminicídio, disse que os registros de ameaça foram feitos na Delegacia da Mulher, em Novo Hamburgo. Ele não soube dizer porque o pedido de prisão não foi feito quando Vitoria registrou o primeiro descumprimento da medida protetiva.

O homem teve a prisão preventiva decretada após atirar contra Vitoria. Ele ainda é procurado.

“Ele se encontra foragido. Já fizemos diversas diligências no intuito de prendê-lo. Nós pedimos ajuda a toda comunidade, que tenha conhecimento de onde ele esteja, que passe as informações através do número de telefone aqui da delegacia”.

O número para denúncias é: (51) 9 8590 0522.

“Nessa situação em que a mulher recém rompeu o relacionamento, recém fez a primeira denúncia, recém ele foi intimado, é o momento de maior risco para essa mulher. A delegacia tem o dever de deslocar essa mulher para um local seguro, também fala do afastamento do trabalho, retirada de porte de arma”, diz a advogada Renata Teixeira Jardim, especialista na Lei Maria da Penha.

A advogada reforça que família e vítimas devem denunciar agressões.

“De alguma forma a gente sabe que a denúncia é importante, no sentido de construir essas estratégias para essas mulheres se colocarem em segurança, mas o estado precisa garantir isso no momento que ela torna pública essa denúncia”.

A mãe de Vitoria completa:

“Eles não ofereceram nenhuma medida, a segurança éramos nós que fazíamos tentando esconder ela.”

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