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Jovem brasileira flagrada com 3,9 quilos de cocaína segue presa na Indonésia e pode ser condenada à morte

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A brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, de 19 anos, vive um drama desde janeiro deste ano, quando foi presa na Indonésia com 3,9 quilos de cocaína. O país asiático prevê punição severa a quem é preso com drogas. Fora a pena de morte, ela pode ser sentenciada à prisão perpétua.

Manuela foi indiciada por tráfico de drogas na Indonésia no dia 27 de janeiro de 2023. De acordo com o jornal O Globo, nesta terça-feira, dia 18, testemunhas de defesa serão ouvidas. O advogado Davi Lira, que representa a família e acompanha o caso, disse que as testemunhas de acusação — quatro oficiais da alfândega e dois policiais — já foram ouvidas no dia 11 de abril, em audiência de instrução e julgamento.

“É uma fase de oitiva de testemunhas e produção de provas. No dia 11 teve oitiva de testemunhas de acusação. Foram seis. No dia 18 será a vez das testemunhas de defesa. Após a instrução do processo, vai ter uma sentença, que ainda não tem data definida”, explica o advogado.

Segundo ele, Manuela embarcou em Florianópolis no fim de dezembro de 2022. Davi Lira diz que ela foi usada como “mula” para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe para a jovem no país asiático.

Após aterrissar no aeroporto de Bali, Manuela foi detida quando os quase 4 quilos de cocaína, distribuídos em pacotes escondidos em duas malas, foram detectados no raio-x. Quatro comprimidos de clonazepam também estavam guardados em uma bolsa.

O advogado ainda diz que a pena mínima é de 5 anos, mas pode chegar até a pena de morte. “A Manuela foi usada. Tem um termo que a gente usa para isso, que representa bem o que aconteceu. Chama-se mula […]. Ela não é narcotraficante. Ela é uma jovem que tem sonhos, esperanças”, completa Davi Lira.

Manuela Vitória de Araújo Farias está presa na Indonésia (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com o advogado, ela foi aliciada por uma organização criminosa com atuação em Santa Catarina para fazer a viagem levando o carregamento, com a promessa de que passaria um mês de férias em Bali, com uma matrícula garantida em uma escola de surfe.

O Itamaraty acompanha o caso. “O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Jacarta, tem conhecimento do caso e vem prestando a assistência consular cabível à nacional, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”, disse em nota.

 

Por Oeste Mais

 

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