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Idosa morre após picada de cobra no RS; família reclama de demora na transferência hospitalar

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Uma idosa morreu após ser picada por uma cobra, em Osório, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O incidente ocorreu na sexta-feira (5), quando Maria de Lourdes Rosa, de 64 anos, limpava o pátio de casa. Ela morreu na segunda (8).

Maria de Lourdes Rosa sofreu AVC após picada de cobra e não resistiu. — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o filho, Vinícius Rosa, um filhote de jararaca picou a aposentada na mão, entre os dedos polegar e indicador, enquanto ela recolhia restos de folhas de uma palmeira.

Maria de Lourdes foi encaminhada para o Hospital São Vicente de Paulo, em Osório, e sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) na madrugada de sábado (6). A idosa chegou a ser transferida para a Santa Casa de Porto Alegre, mas não resistiu às complicações.

Maria de Lourdes deixa marido, filho, neto e nora. Ela foi sepultada na terça (9), data em que completaria 65 anos.

Reclamação de familiares
A família da vítima relatou problemas na transferência de Maria de Lourdes de Osório para Porto Alegre. Segundo Vinícius, a mãe esperou uma ambulância por três horas, entre 6h e 9h da manhã de sábado.

O secretário da Saúde de Osório afirma que o Samu foi chamado para a operação, mas que o médico de plantão estava afastado em razão de uma gastroenterite. Segundo Danjo Rene, o médico substituto só chegou ao local às 9h.

A alternativa encontrada, explicou o secretário, foi chamar uma ambulância privada contratada pela prefeitura. No entanto, o veículo estava em Torres, também no Litoral Norte, e demorou para chegar em Osório.

“Foi chamado o Samu que estava com médico afastado com gastroenterite, e foi chamada outra ambulância que o município compra o serviço. Só que a empresa vencedora da licitação é de Torres, até que chegue aqui em Osório demora um pouco. A angústia dia familiares com certeza deve ter sido grande”, explicou.
Danjo Rene afirmou ter cobrado explicações da coordenação estadual do Samu sobre a ausência de um substituto para o profissional afastado.

O G1 procurou a Secretaria Estadual da Saúde para obter esclarecimentos, mas ainda não obteve resposta.

O Hospital São Vicente de Paulo afirmou que as transferências são de responsabilidade do município e do Samu.

Comoção entre colegas
Lourdinha, como era conhecida, trabalhou em uma loja de roupas e tecidos da cidade por mais de 40 anos. Mesmo aposentada, ela seguia frequentando o estabelecimento. Nas redes sociais da empresa, colegas e clientes lamentaram o ocorrido.

Orientação das autoridades
A Secretaria da Saúde de Osório afirmou que casos envolvendo cobras não são comuns no município, mas que, com o calor, os animais podem ser vistos em algumas localidades.

O secretário Danjo Rene orienta que, em situações do tipo, o Comando Ambiental da Brigada Militar deve ser acionado. O município garante estoque de soro antiofídico disponível para o primeiro atendimento.

 

Créditos: G1

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