Homem se apresenta como dono de cavalo que ficou quatro dias em telhado durante enchente em Canoas, mas devolução do animal é negada

Um comerciante de Canoas, no Rio Grande do Sul, declarou ser o proprietário do cavalo Caramelo, que ficou em cima de um telhado durante quatro dias durante a enchente que atingiu o estado em maio. Sérgio Padilha compareceu ao Hospital Veterinário da Ulbra, onde o cavalo está em recuperação, para tentar recuperá-lo, mas não conseguiu provar a posse. Assim, o animal continua sob os cuidados da instituição de ensino.

Sérgio Padilha com o cavalo que supostamente é o Caramelo — Foto: Reprodução/Rádio Gaúcha

“Eu comprei ele e ele acabou ficando para as crianças montarem, porque é muito dócil. Nem consegui vender ele, tentei por R$ 2 mil e ninguém quis”, disse Padilha em entrevista à Rádio Gaúcha.

Padilha trabalha comprando e vendendo sucata e animais. Ele afirmou que adquiriu Caramelo há cerca de seis meses.

Durante a entrevista, Padilha contou que precisou evacuar a chácara onde os animais estavam devido ao aumento das águas. Ele colocou o cavalo no ponto mais alto que conseguiu.

A história de Caramelo ganhou grande repercussão após uma foto do cavalo em pé sobre uma casa viralizar nas redes sociais. A popularidade foi tanta que o resgate de Caramelo foi transmitido ao vivo na televisão. Atualmente, ele está sob os cuidados do hospital veterinário da universidade, em Canoas, onde está sendo tratado para uma recuperação completa.

“Estávamos em um lugar sem sinal, sem televisão, e quando conseguimos sinal, um amigo nos contou o que tinha acontecido. Ficamos ansiosos acompanhando, depois que conseguimos uma TV”, relatou Padilha.

O comerciante admitiu que não possui documentação comprovando a posse de Caramelo, mas se comprometeu a providenciar a documentação necessária junto ao antigo dono. Ele também buscará um recibo e testemunhas para confirmar a propriedade e conseguir a liberação do cavalo.

Padilha também mencionou que pretende vender Caramelo. Sua intenção é leiloar o cavalo e usar o dinheiro arrecadado para ajudar a comunidade onde vive, no bairro Mathias Velho, além de cobrir parte dos prejuízos causados pela inundação.