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Erro do IGP faz família sepultar vítima que não era sua parente em Muçum

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Em meio à mais dramática calamidade na história recente do Rio Grande do Sul, uma família de Muçum despediu-se da pessoa errada, sepultando outra vítima. O episódio é classificado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) como “erro grave” e foi corrigido pelo próprio IGP em revisão de laudos.

A vítima — uma mulher — estava entre o primeiro grupo de corpos resgatados após a tragédia no Vale do Taquari. Conforme o diretor-geral adjunto do IGP, Maiquel Luis Santos, o corpo estava em um bloco de 22 vítimas encontradas após a enchente.

— A identificação se deu pelas impressões digitais em no dia 9 de setembro. Após o procedimento, o corpo foi apresentado para a família e reconhecido, no DML (Departamento Médico Legal) em Porto Alegre — relata o diretor-geral adjunto.

O sepultamento ocorreu em Muçum. Entretanto, dias depois, o IGP realizou revisão de todos os laudos do lote e servidores perceberam que a comparação de impressões digitais era “inviável” para a conclusão determinada.

Foto: divulgação

— Em razão da condição de degradação do cadáver, pela exposição prolongada à água, a digital estava bastante comprometida e o positivo foi descartado. Em 11 de setembro, foi solicitada a exumação para exame de DNA. O corpo foi desenterrado e submetido à nova análise — conta.

A prova com base no material genético apontou que a vítima era de outra família de Muçum que tinha uma pessoa desaparecida. A entrega dos restos mortais para a família correta aconteceu na última quarta-feira (13).

Já a família que havia sepultado o corpo equivocadamente, acreditando estar se despedindo de um ente seu, teve seu parente reinserido na listagem dos desaparecidas. Buscas prosseguem nas áreas atingidas.

O diretor-geral adjunto do IGP destaca que ambas as famílias receberam suporte psicossocial do serviço público estadual. O erro está sendo apurado em processo de sindicância na corregedoria do IGP. A falta é considerada grave e pode ter, como desfecho, desde uma advertência até a demissão do servidor que cometeu o erro.

Fonte: gzh

 

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