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Segurança

Detento é encontrado morto dentro de cela 2 horas depois de ser preso

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O preso que foi encontrado morto dentro de uma das celas da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Novo Hamburgo (DPPA) na tarde deste sábado (16) havia sido levado ao local cerca de duas horas antes. Ele estava com mais dois detentos no espaço. Segundo informações do titular da DPPA, delegado Tarcísio Kaltbach, o Instituto Geral de Perícia (IGP) não apontou causa da morte. “Não há sinais externos de violência. A perícia não soube apontar a razão e vamos depender da necrópsia para apurar a causa da morte”, declarou.

O preso foi identificado como João Paulinho Franco Gomes, 35 anos, morador do bairro São Luiz, de Sapiranga. Ele estava preso desde às 10h28 da última quinta-feira (14). Conforme o delegado, na DPPA, ele teria investido contra quatro policiais militares e um policial civil às 11 horas de sábado, no momento que era transferido da sala de contenção para uma das celas da DPPA.

“Ele teria tentado fuga e, por ele ter investido contra os policiais, eles usaram dos meios moderados da força. Ele continuou investindo contra os policiais e eles investiram contra o preso para que pudessem dominá-lo”, conta o delegado.

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Tarcísio, que responde também pela titularidade da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, responsável pela investigação do caso, explica que em poucos minutos os policiais colocaram o preso na cela. O delegado destaca ainda que João Paulinho tentou retirar a pistola de um dos policiais na transferência.

“Ele tentou agredi-los, mas eles o dominaram. Ele sangrou pelo nariz por conta dessa ação”, relata. Após isso foi lavrado procedimento por desacato, ameaça, resistência e desobediência.

Porém, duas horas após o acontecimento, dois colegas de cela de João Paulinho começaram a gritar e chamar atenção avisando que o preso havia morrido. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e atestou o óbito.

Procedimentos

Os outros dois presos foram colocados em outra cela. O delegado adianta que ainda ouve neste sábado o policial civil. Também serão ouvidos os militares, os dois presos que estavam na cela e o que estava na sala de contenção e o delegado de plantão. “Vamos ouvir todos os envolvidos para o inquérito”, acrescenta.

Usuário de drogas

O delegado Tarcísio informa que o preso era usuário de drogas. “A falta de uso da droga deixa a pessoa violenta”, declarou, sublinhando que João Paulinho estava há dois dias na DPPA, onde foi apresentado pela Brigada Militar de Sapiranga, fruto de prisão preventiva. Em seu nome haviam inquéritos e termo circunstanciado por ameaça, embriaguez, posse de entorpecente, lesão corporal e vias de fato. Até às 18h30 de sábado, nenhum familiar do preso havia se apresentado na DPPA.

 

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