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Cuidadora é presa por agredir idoso em casa geriátrica de Veranópolis

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Uma cuidadora de idosos está sob investigação por agredir um paciente de 92 anos em uma casa geriátrica de Veranópolis, na Serra Gaúcha. Imagens das câmeras de segurança do local registraram o crime e mostram o comportamento agressivo da mulher contra o idoso.

O incidente ocorreu na manhã do último dia 11 de junho, por volta das 6h. As imagens mostram duas cuidadoras entrando no quarto do idoso. Uma delas tenta dar um remédio ao paciente, mas o faz com extrema violência, abrindo a boca dele à força e pressionando o comprimido contra a garganta. O idoso, assustado, tenta se defender, mas a cuidadora insiste, até que ele finalmente engole o medicamento.

Em seguida, a mulher tapa o nariz e a boca do idoso com as mãos, aparentemente para garantir que ele não cuspa o remédio. Durante todo o processo, o idoso se debate e demonstra sinais de sofrimento. As imagens também mostram que a cuidadora arranca as roupas do paciente, troca-as rapidamente e joga a coberta por cima dele.

As agressões causaram lesões na boca, dentes e gengiva do idoso. Ele foi levado ao médico, que confirmou os ferimentos. A outra cuidadora que presenciou a cena acionou o chefe de enfermagem e o dono da clínica. A Brigada Militar também foi chamada ao local.

Apesar das imagens e do relato da testemunha ocular, a cuidadora negou qualquer tipo de tortura e alegou que o idoso estava agressivo com ela, tendo mostrado suas partes íntimas, urinado no chão e se comportado de forma violenta. No entanto, as imagens comprovam que a versão da cuidadora é falsa. Ela claramente utiliza força excessiva para dar o remédio ao idoso e o imobiliza para que ele não cuspa o medicamento.

A cuidadora trabalhava na clínica há apenas 15 dias, mas já havia passado por outros locais. Diversas pessoas já haviam relatado o comportamento agressivo dela, inclusive com uma passagem pela polícia por lesão corporal contra uma pessoa idosa. Segundo o Delegado de Polícia Tiago Baldin, a mulher foi presa em flagrante por tortura qualificada, mas foi solta no dia seguinte. O Ministério Público opinou pela concessão da liberdade provisória, alegando que a prisão preventiva não era necessária. A decisão foi acatada pelo Poder Judiciário.

Foto: Divulgação

O idoso foi levado para prestar depoimento, mas estava muito abalado para falar. A Polícia Civil já ouviu todas as testemunhas e agora investiga outras agressões anteriores da mesma mulher, tanto na clínica de Veranópolis quanto em outros locais onde ela já trabalhou.

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