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Agronegócio

Coleira que avisa sobre roubo de gado será lançada na Expointer

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Foi após ser vítima de furto de gado na fazenda da família, em 2015, que o engenheiro ambiental Fernando Silveira Moraes teve a ideia de voltar para a cidade e buscar uma solução para tentar frear o abigeato. Criada em 2018 na UFSM, onde ele havia se formado, a startup Instabov criou um sistema de monitoramento de gado de corte, que inclui alertas em tempo real ao celular do pecuarista em caso de roubo de animais.

Foto: Divulgação

O sistema é apelidado de “cerca virtual”, pois detecta quando o animal sai da propriedade. Agora, depois de testar o sistema nos primeiros 300 animais de cinco grandes fazendas do Rio Grande do Sul e uma no Mato Grosso do Sul, a empresa vai lançar o produto na Expointer 2023.

A Instabov está com 5 mil coleiras para pronta-entrega. Com apoio de um aporte de R$ 1,5 milhão da Belgo Arames, fabricante brasileira de arames, a empresa conseguiu se manter viva durante a pandemia e também contatos com grandes produtores para facilitar as negociações.

– A coleira tem GPS e manda o sinal para uma antena, que atinge 20 km de distância. Se o animal foge ou é roubado e sai do perímetro da propriedade, o sistema detecta e o pecuarista recebe um alerta no celular. A coleira tem também um contador de passos e mede quantos quilômetros o animal anda por dia. Se ele andava 5 km e passa a andar 3 km, é sinal de que há alguma problema. Ou se passa o dia parado, o produtor também recebe um alerta, pois pode estar doente ou ter sofrido acidente – diz o fundador da Instabov, Fernando Silveira Moraes.

A coleira tem outras duas finalidades, conta o empresário.

– Por meio do GPS das coleiras, é possível identificar qual touro fez a monta em determinada fêmea. Também geramos um mapa de calor para indicar quais áreas da pastagem foram mais utilizadas pelo gado para o produtor saber onde há mais pasto disponível – conta.

Atualmente, a startup, que funciona na Pulsar Incubadora, vinculada ao InovaTec UFSM Parque Tecnológico, tem 15 funcionários. Só de programadores de software, são seis pessoas.

– O investimento da Belga Arames foi fundamental, pois se não tivesse entrado esse dinheiro durante a pandemia, a empresa teria quebrado. Em função da pandemia, não conseguíamos insumos para as coleiras. E a Belga nos conecta com grandes pecuaristas, o que é muito importante – diz.

O serviço terá uma mensalidade de R$ 29,90 por animal e o produtor não precisará pagar para instalar as coleiras e a antena. O sistema não usa internet para a conexão das coleiras com a base. Mas é preciso que haja internet (via rádio, chip de celular ou satélite) para transmitir os dados da fazenda até o sistema da Instabov, que processa as informações e envia os alertas e detalhes ao celular do pecuarista.

Para 2024, a meta é ter 20 mil coleiras sendo usadas e, para 2025, atingir a América Latina.

Fonte: Diário de Santa Maria

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