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Cotidiano

Calor em rua do RS chegou a 73,7 graus

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O verão escaldante vem acompanhado da sensação de que, em Santa Cruz do Sul, determinados pontos são bem mais quentes do que outros. Para verificar o mapa do calor na cidade, a Gazeta do Sul percorreu diferentes pontos no início da tarde de ontem, com um termômetro especial, munido com sensor a laser, muito utilizado em indústrias. E constatou uma variação térmica que chama a atenção.

Apesar da sombra do Túnel Verde, na Rua Marechal Floriano o equipamento acusou 43,7 graus sobre o pavimento. A poucas quadras dali, na esquina das ruas Venâncio Aires com a Fernando Abott – local desprovido de árvores –, a temperatura pouco acima do asfalto era de 57,3 graus. Mais escaldante ainda estava na Rua do Moinho, que está recebendo uma camada de asfalto: lá, o aparelho marcou 73,7 graus próximo ao chão.

Na Rua do Moinho, termômetro passou dos 73 graus na obra de asfaltamento

No Acesso Grasel o termômetro apontou 42,5 graus. Já no fim da Avenida Barão do Arroio Grande, em direção à estrada para Cerro Alegre, a marca foi de 57,8 graus, pouco mais que o verificado na Unisc: 54,8. No Bairro Linha Santa Cruz chegou a 49 graus.

A meteorologista Mônica Lima, da MetSul, observa que há fatores externos que influenciam na medição da temperatura – inclusive o tipo de termômetro (mercúrio ou resistência). “É muito complexo medir a real temperatura do ar em uma cidade. Um termômetro no concreto, em uma área com incidência solar direta, terá temperaturas mais elevadas que o de uma estação meteorológica”, explica ela.

Porém, ela confirma que em dias de sol forte a temperatura próxima ao solo pode passar dos 50 graus, pois os raios solares, ao incidirem sobre o pavimento, aquecem o ar logo acima dele. Áreas com concreto ou asfalto aquecem mais rápido e mantêm o calor por mais tempo. O mesmo acontece com campos de futebol de grama sintética (como no Estádio Passo D’Areia, do São José de Porto Alegre).

Calor também no caminho para Cerro Alegre, ao final da Barão do Arroio Grande

 

Temperatura era de 57,3 graus no cruzamento da Venâncio com a Fernando Abott

A VARIAÇÃO

A formação de microclimas está diretamente ligada a peculiaridades como arborização, geografia, presença de concreto ou tipo de residência nas cidades. “Áreas residenciais tendem a ter temperaturas mais amenas que áreas com prédios no Centro da cidade, em razão da quantidade de concreto”, explica a meteorologista da MetSul, Mônica Lima.

Um aspecto importante é onde a cidade cresceu: se em um vale, uma encosta ou próxima a um rio. Vales apresentam noites frias e dias muito quentes, enquanto a serra tem temperaturas mais amenas em razão da altitude. “Já as cidades próximas a rios tendem a ter noites menos frias e dias menos quentes, que é o ideal”, completa Mônica.

Fonte: Gazena Online

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