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Abrigos do RS: Janja vê risco para mulheres em banheiros coletivos

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A primeira-dama Janja da Silva relatou ter pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que aumente o número de policiais femininas nos abrigos do Rio Grande do Sul. Em conversa sobre os casos de abuso sexual em alguns desses espaços, ela defendeu que “às vezes, a presença de um policial masculino é mais ofensivo que colaborativo”.

– No final de semana, pedi ao meu marido que conversasse com o governador para que nos abrigos a gente tivesse policiais femininas da brigada. Porque, às vezes, a presença de um policial masculino é mais ofensivo que colaborativo. Então, era importante que a gente colocasse mulheres da brigada no RS cuidando dos abrigos – argumentou ela, em entrevista ao Instituto Conhecimento Liberta (IC).

Além disso, a esposa de Lula propôs abrigos separados para mulheres e crianças, e outro para homens desacompanhados. Ela manifestou preocupação com o risco que banheiros coletivos oferecem para mulheres.

– As famílias vão ficar muito tempo nos abrigos? Eu estava conversando com a ministra Cida ontem, se é o caso da gente pensar talvez em abrigos separados para as famílias, para as mães, para as crianças… Já tem alguns abrigos que são só para mulheres e os filhos, principalmente para as mulheres que são mães solo. Mas também tem aquelas mulheres que estão com seus maridos ali, estão com as crianças, mas que não se sentem protegidas. Vocês imaginem uma mulher às 3h da manhã que precisa ir ao banheiro coletivo, o abrigo está todo escuro, que segurança ela tem? – questionou Janja.

Nas redes sociais, o deputado-federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sugeriu que as palavras de Janja endossam o argumento dos conservadores sobre os riscos de liberar a entrada de transexuais em banheiros femininos.

– Homem no banheiro de homem, mulher no de mulher. Obrigado pelo apoio, Janja – ironizou.

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