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Acidente

Morre mulher queimada em acidente com lareira em Vera Cruz

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A mulher de 40 anos que sofreu um acidente com uma lareira ecológica em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, morreu na madrugada desta terça-feira (6). Juliane Gonçalves estava internada no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, em estado grave.

O acidente ocorreu no dia 27 de julho. Segundo a assessoria do hospital, a morte foi confirmada por volta das 4h por falência múltipla dos órgãos. Juliane teve 80% do corpo queimado.

Havia também um homem e uma criança na residência, no momento do acidente, e os dois saíram ilesos. A mulher foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada para o Hospital Santa Cruz. Devido à gravidade do caso, foi transferida para o hospital da Zona Norte da Capital.

Lareira usada pela mulher na casa dela, em Vera Cruz, explodiu — Foto: Reprodução/RBS TV

Riscos da lareira ecológica
Um dos tipos de lareira mais procurados por consumidores atualmente, a ecológica é abastecida com etanol, o que requer cuidados ao acender o fogo. Somente no Hospital Cristo Redentor, o caso de Vera Cruz foi o terceiro acidente com o utensílio registrado nos últimos dois meses.

A enfermeira Léia Bertoglio, que trabalha no setor de queimados do hospital, alerta sobre o risco do uso desse tipo de lareira. Segundo Léia, casos de pacientes que sofrem queimaduras dessa forma são registrados em uma proporção muito maior que acidentes com lareiras comuns.

“Com a lareira normal, à lenha, recebemos um caso a cada 10 anos, eu acho, e com essa lareira ecológica, em dois meses, recebemos três, fora outros casos que soubemos, e que tivemos anteriormente”, afirma.

O empresário Thiago Nunes, que trabalha na comercialização de lareiras ecológicas, afirma que quando o produto é usado adequadamente, não oferece riscos. Ele destaca a importância de ensinar aos compradores sobre o uso correto do utensílio.

“Orientamos a pessoa de qual é a quantidade exata de álcool que pode ser utilizada, deixando uma margem para caso tenha um pouco ainda no recipiente, que a pessoa possa não enxergar”, afirma.

O sargento do Corpo de Bombeiros Filipe Martins da Cunha afirma que o acidente em Vera Cruz aconteceu no momento de abastecer a lareira. Ele avisa que o utensílio deve ficar longe de material inflamável, e em um ambiente ventilado.

“As lareiras mais modernas vem com abafadores, equipamento usado para diminuir a oferta de oxigênio dentro das lareiras ecológicas. Desta forma, ela abafa o local e extingue o fogo. O local deve estar razoavelmente ventilado, pois toda a queima consome oxigênio. Sendo assim, deve haver um suprimento mínimo de oxigênio”, afirma.

Fonte: G1

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