Motorista de aplicativo é assassinado com pelo menos cinco tiros

O ataque teria sido executado por um homem em uma motocicleta. O motorista ainda tentou fugir do local, mas não foi muito longe devido aos ferimentos e colidiu contra um poste.

“Ele foi atingido na cabeça e no tórax, mas ainda não temos detalhes da dinâmica do crime”, diz. “Ao que tudo indica, trabalhava como motorista de aplicativo, mas não sabemos o que estava fazendo no local.”

Execução

A área onde foi encontrado o veículo é conhecida pela traficância. Não raro, prisões e apreensões de drogas e entorpecentes acontecem no local devido à movimentação de criminosos envolvidos com o crime organizado.

“É muito cedo para dizer qualquer coisa, mas o local onde ele acabou morto é conhecido por ser uma área que tem concentração de criminosos envolvidos com tráfico”, frisa o delegado.

Reguse aponta que os bolsos da vítima pareciam ter sido vasculhados, mas até mesmo o aparelho celular que usava acabou sendo encontrado pelos policiais, o que deixa mais fraca a tese de latrocínio (roubo seguido de morte).

“O aparelho celular dele foi achado, o que imaginamos que seria a primeira coisa que levariam em caso de roubo. Além disso, ele também levou muitos tiros, o que não é uma característica de latrocínio, parecendo mais uma execução”.

Segundo o delegado Arthur Hermes Reguse, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas, ainda não se sabe muito sobre as circunstâncias em torno do crime.

O delegado aponta que estava chovendo muito no momento do crime, razão pelo qual não havia pessoas na rua e aparentemente não houve testemunhas do assassinato.

Mais violência

Canoas soma um total de 56 crimes contra a vida em 2023, segundo indicadores criminais apontados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Foram 52 assassinatos cometidos durante o período homólogo. Canoas, vale lembrar, teve o início de ano mais violento dos últimos cinco anos. A lembrar, a cidade somou quase 30 assassinatos apenas nos três primeiros meses do ano.

Antes diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), central da Polícia Civil em Canoas, o delegado Mario Souza hoje chefia do Departamento Estadual de Homicídios. Em sua avaliação, o quadro de violência na cidade voltou a um patamar mais realista que aquele visto no início do ano.

“Era prioridade levar à cadeia os responsáveis e reduzir os crimes na cidade”, afirma. “A situação melhorou como consequência do trabalho desenvolvido pelo Departamento em integração com outras forças de segurança”, avalia. “Se o índice de crimes permanece alto no somatório, é porque o impacto do que aconteceu no início do ano foi grande”.

Fonte: Jornal NH