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CASO FLÁVIO GABARDO: Comissão de Educação quer ouvir coordenadora da 15ª CRE e secretária estadual de educação em Porto Alegre

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A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa aprovou o requerimento para oitiva do professor Flávio Gabardo, afastado do trabalho e impedido de acessar a Escola Estadual de Educação Básica Érico Veríssimo – onde exerceu a função de diretor durante duas décadas, em Jacutinga. Na reunião da comissão, presidida pela deputada Sofia Cavedon (PT), na manhã desta terça-feira (28), o deputado Paparico Bacchi (PL) salientou que há indícios de arbitrariedade com motivação político-ideológica no processo de afastamento do professor.

Foto:Celso Bender

“A liberdade é aquilo de mais significativo que o ser humano pode ter. Quando nós não temos mais a liberdade, a nossa existência passa a ser diminuída. E nós observamos que houve uma arbitrariedade na cidade de Jacutinga, onde o professor Flávio dedicou a sua vida a favor da comunidade e da escola – que apresentou o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do RS. Gabardo foi diretor escolar durante duas décadas e está afastado das suas atribuições desde janeiro de 2023, após ler um artigo do jornalista José Roberto Guzzo na programação da Rádio Campinas AM 1460. Como cidadão, pai e professor, Gabardo teve sua liberdade tolhida. Está afastado do seu trabalho e impedido de acessar a escola onde estuda o seu filho. Também foi excluído dos grupos de interação com os professores e alunos no WhatsApp, além de ter senhas bloqueadas nas redes sociais a partir do processo que o acusa de manifestação racista”, afirmou o deputado Paparico Bacchi. De acordo com o parlamentar, é necessário esclarecer os fatos que embasam o processo, pois o Estado não se manifestou formalmente sobre o assunto deliberado na 15ª CRE.

Aprovado o requerimento, a comissão deve deliberar no próximo encontro sobre a data da oitiva com o professor Gabardo e estender o convite para que a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, e a coordenadora da 15ª CRE, Juliana Bonez, manifestem-se sobre o processo administrativo contra o professor.


Apoio da comunidade
Paparico Bacchi destacou que a comunidade local e regional cobra esclarecimentos do poder público. “A população de Jacutinga está incrédula, inconformada e revoltada. Há um abaixo assinado com mais de 1,4 mil assinaturas de apoio ao professor. O número representa cerca de 50% da população municipal”, destacou o parlamentar.

Presenças
Participaram da reunião as deputadas Adriana Lara (PL), Eliana Bayer (Republicanos), Silvana Covatti (PP) e os deputados Elizandro Sabino (PTB), Leonel Radde (PT), Luiz Marenco (PDT), Neri o Carteiro (PSDB), Prof. Claudio Branchieri (Podemos), Rafael Braga (MDB), além da presidente do colegiado Sofia Cavedon (PT).

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