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Polícia de Chapecó prende homem que praticava “sextorsão” de dentro da cadeia no RS

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Um homem foi preso por diversos crimes, após uma verdadeira bola de neve ter sido descoberta pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Chapecó. Segundo a força de segurança, a prisão foi nesta segunda-feira (24). A corporação instaurou inquérito policial para apurar, inicialmente, um crime de extorsão. Durante a investigação, foram identificados membros do grupo criminoso e outras vítimas.

Extorsão

Inicialmente, o inquérito visou apurar uma extorsão que vitimou um homem de 36 anos, morador de Chapecó. Ele manteve conversas com uma suposta jovem nas redes sociais, em dezembro de 2020.

Após alguns dias, outra pessoa manteve contato com a vítima dizendo-se “delegado de polícia”, acusando a vítima de ter mantido conversas íntimas com uma adolescente e exigindo, por isso, o pagamento em dinheiro para que o homem vítima não fosse investigado por pedofilia.

A vítima não cedeu às exigências e bloqueou todos os contatos, não sendo mais importunada. A investigação promovida pela DIC identificou os reais autores das mensagens. A suposta jovem, na verdade, tratava-se de uma mulher de 20 anos, moradora de Chapecó, enquanto que o suposto “delegado de polícia” se tratava de um homem de 36 anos, que estava preso no Estado do Rio Grande do Sul.

Associação criminosa voltada à prática de extorsões

A evolução da investigação demonstrou que este homem, já condenado por outros delitos, vinha praticando seguidos crimes de extorsão com o auxílio da mulher, que é sua sobrinha, e com outros condenados que estavam na mesma cela dele.

Mesmo realizando buscas nas celas do estabelecimento penitenciário, foi possível identificar apenas um outro preso envolvido, de 38 anos. Foi apurado que os presos cometiam, de dentro da cadeia, diversos golpes criminosos semelhantes, sendo que dividiam as funções, ora fingindo-se “delegado de polícia”, ora “pai da jovem adolescente”, ora “advogado da família”, tudo de forma dissimulada.

A investigação também identificou vítimas de outras cidades dos Estados de Santa Catarina, Amazonas, Bahia e São Paulo, cujas Polícias Civis serão informadas para que apurem cada um desses crimes.

Corrupção de menor

Além dos diversos crimes de extorsão e associação criminosa que o homem de 36 anos responderá com os dois outros indivíduos, a ele ainda foi atribuída a prática do crime de tentativa de corrupção de menor, tendo em vista que convidou uma outra sobrinha sua, de apenas 16 anos, para participar dos golpes, o que não foi aceito por ela.

A cada delito de extorsão, os investigados poderão ser condenados a penas que variam de quatro a 10 anos, além de multa. Já para a associação criminosa, a pena pode variar de um a três anos. Por fim, o crime de corrupção de menor tentado prevê pena que varia entre quatro meses e dois anos.

O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para embasar o pedido de prisão preventiva do mentor dos crimes. A representação teve parecer favorável pelo Ministério Público e foi autorizada pelo Poder Judiciário de Chapecó.

Na manhã desta segunda-feira, o homem foi preso com apoio de agentes da DEIC do Rio Grande do Sul, no município de Novo Hamburgo. O Delegado de Polícia Éder Matte destaca o aumento de vítimas na região deste tipo de crime, inclusive com vítimas mulheres, o que não era muito comum até pouco tempo.

Foto: PCRS e PCSC

O prejuízo sofrido pelas vítimas é de alto valor financeiro, além do abalo psicológico. Nos últimos dias foram atendidas vítimas com prejuízos que chegam a R$ 70 mil. Matte alerta, ainda, que não deve ser feito nenhum tipo de depósito ou transferências aos criminosos. Qualquer dúvida, procure a Delegacia de Polícia mais próxima ou ligue para o telefone 181.

Fonte: ClicRDC

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