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Delegado diz que ‘padrasto deu mamadeira’ antes de matar menina de 2 anos

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O padrasto da menina Maitê Brambila dos Anjos, assassinada na última terça-feira, dia 26, em Treze Tílias, no Oeste de Santa Catarina, disse à Polícia Civil que chegou a dar mamadeira para a criança, de apenas dois anos de idade, antes de cometer o crime.

O detalhes foi informado pelo delegado Marcelo Marins, responsável pelo caso, em reportagem publicada pela Agência O Globo. “Ele disse que preparou a mamadeira e deu para a criança, que dormiu”, informou Marins. A ação ocorreu por volta do meio-dia, com o homem inclusive deitando na cama com a menina.

Foto: Arquivo Pessoal

“O problema dele era com a companheira, mas ele descontou a raiva na criança. Esse é o relato dele. Pedimos um exame para saber se houve violência sexual, que ele nega”, acrescentou o delegado.

Marcelo Marins disse que o criminoso trabalhava numa fábrica de baterias da região, mas estava desempregado, e que não parece ter problemas psiquiátricos. “Ele não aparenta ter sinais de biopolaridade ou de que tenha sofrido um surto psicótico. Durante o depoimento, ele foi frio, não demonstrou arrependimento e não chorou”, completou o delegado.

O padrasto tem 30 anos de idade e está preso preventivamente no Presídio Regional de Joaçaba. O corpo da Maitê foi sepultado na manhã desta quinta-feira, dia 28, em Treze Tílias. Durante o enterro, o pai e a mãe da menina precisaram ser levados por uma ambulância para o hospital do município devido ao abalo emocional.

Maitê morava em um apartamento junto com a mãe e o padrasto, que tem 30 anos. O pai da menina, Juliano Cezar Matias dos Anjos, foi quem inclusive arrombou a porta do apartamento, onde a criança estava sozinha, já sem vida, após o padrasto deixar o imóvel depois do crime.

Juliano fez um desabafo em uma postagem nas redes sociais, pedindo perdão à filha se não a protegeu o suficiente. “Meu coração está em pedaços”, escreveu. “Eu jamais vou me perdoar por não ter conseguido te proteger da maldade desse monstro”, escreveu.

A mãe de Maitê e o padrasto estavam em processo de separação há cerca de dois meses, mas o homem ainda morava no apartamento até que encontrasse um novo imóvel. No dia da morte da menina, inclusive, ele teria dito que ia deixar o local e pediu para ficar com a menina enquanto a mãe foi trabalhar. Maitê havia completado dois anos de idade no dia 12 de abril, pouco mais de duas semanas atrás.

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