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‘Estamos consternados’, diz cunhado de mulher encontrada morta em Erechim; polícia investiga caso
Foi sepultado, nesta sexta-feira (10), o corpo da empresária Deise Mazzoccato, de 45 anos, encontrada morta em Erechim, no Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Civil, a vítima foi atendida em um hospital com ferimentos pelo corpo na madrugada de quinta (9) e não resistiu. O namorado disse à polícia que a mulher estava caída no banheiro do apartamento.
O G1 e a RBS TV tentaram contato com a delegacia que investiga o caso, sem sucesso. A polícia segue ouvindo testemunhas, como o namorado, amigos e familiares.
Ao G1, o cunhado de Deise falou sobre o falecimento. Valmir Brito, marido de uma das duas irmãs de Deise, disse que a família está abalada.
“Nós estamos consternados, completamente em choque. Sem entender nada, profundamente entristecidos”, lamenta.
A empresária tinha dois filhos, uma menina de 15 anos e um menino de 11. Eles estão com ex-marido de Deise. Além disso, ela deixa a mãe – o pai faleceu de câncer.
“Pensa no grau de sofrimento da mãe, que perdeu o esposo há cinco anos e agora perdeu a filha desta maneira”, diz Valmir.
De acordo com o cunhado, Deise era muito conhecida e querida pela comunidade. A família agradeceu as mensagens de conforto recebidas de amigos e conhecidos durante o dia.
Investigação
No registro da ocorrência, a Brigada Militar (BM) informou que funcionários do Hospital de Caridade ligaram para o quartel relatando sobre o atendimento. A mulher tinha lesões na cabeça, braço, pescoço e peito. Ela acabou morrendo em consequência dos ferimentos.
A delegada Raquel Kolberg, responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), afirmou que o namorado prestou depoimento. Ele relatou que havia acordado e percebido que a namorada não estava na cama, e logo ouvindo um barulho e a encontrando desacordada no banheiro.
A polícia apura contradições no depoimento. Na ocorrência, ele teria relatado aos policiais militares que ora estava com a vítima no quarto, ora na sala. A delegada não descarta hipóteses na investigação.
Os familiares de Deise pedem celeridade na apuração do óbito.
“Nós estamos, hoje, revoltos. Isso é a maior dor que está provocando na família hoje. Não só a perda, porque isso não volta mais, mas a sensação de injustiça”, diz Valmir.
Créditos: G1