Assassino de Daniele disse que usou pedaço de madeira para cavar a cova onde estava o corpo

Na última quinta-feira (26) a Polícia Civil localizou o corpo da jovem Daniele dos Santos Camargo, de 23 anos, desaparecida desde o dia 04 de agosto. Foram 22 dias de investigação até ex-namorado confessar o crime e apontar onde havia escondido o corpo da jovem. Anderson Alves Mingola, 40 anos, estava preso desde o sumiço de Daniele.

A Rádio Uirapuru conversou na tarde de ontem (27) com o delegado Tiago Lopes de Albuquerque, responsável pelo caso, para aprofundar as informações. De acordo com o delegado, desde o início a polícia suspeitava do desfecho trágico para o caso. O ex-namorado inicialmente negou que esteve com Daniele no dia do desaparecimento, no entanto, imagens mostraram ela entrando no veículo de Anderson. Esse fator fez a polícia pedir a prisão dele na época.

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Conforme Albuquerque o trabalho pericial foi fundamental para desvendar o caso, pois quando o sangue foi localizado no veículo, ele confessou o crime e apontou o local onde havia enterrado o corpo. O assassino relatou que matou Daniele asfixiada com um fio de luz, no entanto foi localizado sangue em mais de um ponto do porta malas do automóvel. Diante disso, a polícia aguarda a perícia para identificar se houveram outros ferimentos no corpo da jovem, pois o ex-namorado nega que tenha agredido Daniele antes de matá-la.

O delegado explicou como era o relacionamento entre os dois. Conforme Albuquerque, Daniele e Anderson trabalhavam na mesma empresa, mas em cargos diferentes. Iniciaram um relacionamento, que durou cerca de um ano e dois meses e chegaram a morar juntos por um período. Durante esse período, familiares relataram que Anderson era muito ciumento e controlador e chegou agredir Daniele. Na época do crime os dois estavam separados, mas trocaram mensagens e se encontraram no dia 04 de agosto para conversar. Conforme depoimento de Anderson, durante a conversa houve uma discussão e ele acabou matando a vítima.

O delegado Tiago Albuquerque revelou que Anderson teria matado Daniele no Morro do Cristo, colocou o corpo no porta malas e rodou por vários locais até esconder o corpo no interior de Serafina Correa. Segundo o assassino, ele teria utilizado um pedaço de madeira para abri a cova e enterrar a moça. A polícia desconfia dessa versão. O assassino não tinha passagens pela polícia e o delegado vai solicitar a prisão preventiva dele até que o Ministério Público ofereça denúncia.

Créditos: Rádio Uirapuru