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Polícia

RS: Dois corpos de jovens desaparecidos são encontrados

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Uma força-tarefa foi organizada para retirar dois corpos encontrados em um acampamento feito no alto de um cânion, em Cambará do Sul, na divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no domingo (13).

Um deles foi identificado por familiares como sendo de Israel Ethur Vieira, de 27 anos, desaparecido desde o dia 5 de setembro. O outro espera identificação da perícia.

Corpos foram encontrados em um acampamento no alto de um cânion, em Cambará do Sul, no domingo (13). — Foto: Polícia Civil/RBS TV

Em razão do difícil acesso ao local, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e a Brigada Militar precisaram usar um trator e cavalos. As equipes percorreram cerca de 15 km por estradas secundárias e trilhas até localizar os corpos. Foram 22 pessoas envolvidas no resgate.

De acordo com o delegado Vladimir Medeiros, da Delegacia de Polícia de Cambará do Sul, foram três dias de buscas.

A polícia aguarda o resultado da perícia para dar mais detalhes sobre a investigação e a causa das mortes.

O caso é investigado pela delegada Isadora Galian, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Leopoldo, onde a ocorrência de desaparecimento foi registrada.

Desaparecimento

Israel Ethur Vieira foi visto pela última vez no dia 5 de setembro, ao deixar o prédio onde morava na companhia de outro homem. A hipótese principal da investigação é de desaparecimento voluntário, segundo a delegada.

Nesta sexta-feira (11), o carro de Israel foi encontrado, em Cambará do Sul, na Serra, e buscas foram iniciadas na cidade.

Amigos de Israel contaram ao G1 que ele deixou cartas para pessoas próximas e avisou que sairia de casa. O ex-namorado Junior Evans conta que recebeu uma mensagem de Israel, no dia do desaparecimento, pedindo que ele fosse até o apartamento.

“Pediu pra eu cuidar das gatas. Nas cartas dizia que iria pra longe, que era pra ficar tranquilo, que tava bem, que não estava vendo essa morte como algo ruim. Que ele preparou uma morte indolor. Pacífica, calma”, relata.

Camila Botelho Schuk, também amiga de Israel, conta que esteve com ele dois dias antes. “Eu tinha visto ele na quinta, ele estava super bem, brincando, rindo, a gente até conversou sobre saúde mental. A pressão que a sociedade coloca nas pessoas”, comenta.

Os amigos relataram que Israel era alegre e brincalhão, mas teve depressão e usou medicamentos, há tempos. Recentemente, trabalhava em uma empresa, e pediu demissão antes do desaparecimento.

Mensagens postadas em uma rede social de Israel também deixaram os familiares e conhecidos desconfiados. Desde o desaparecimento, a conta do jovem tem sido atualizada com textos, aparentemente tirados de livros, alguns que falam sobre morte. Segundo a delegada Isadora Galian, não é possível confirmar se os posts são feitos em tempo real ou se foram agendados.

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