Justiça
Vereador de Novo Hamburgo é indiciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro
O vereador de Novo Hamburgo Emerson Fernando Lourenço (Solidariedade), conhecido por Fernandinho Vereador, foi indiciado pela Polícia Civil por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele chegou a ser preso em 2017 por porte de arma, mas foi solto em seguida. Também é investigado por suspeita de participação em homicídios na região do Vale do Sinos.
“Depois que ele foi preso com a arma em São Leopoldo, a 2ª [Delegacia de Polícia do município] instaurou [inquérito] de lavagem de dinheiro para investigar ele, e essa investigação foi unificada com a nossa, do Denarc”, explica o delegado Marcio Zachello.
O advogado de Fernandinho, Eduardo Pivetta Boeira, não vai comentar o indiciamento. O G1 também tentou contato no gabinete, mas as ligações não foram atendidas. A Câmara de Vereadores está de recesso até 31 de janeiro.
No mesmo inquérito, a polícia indiciou o ex-subsecretário de Obras do município Pedro Arenhardt também por organização criminosa e lavagem de dinheiro. O G1 não o localizou.
De acordo com o delegado, outras quatro pessoas, incluindo a ex-esposa e companheira atual de Fernando, foram indiciadas por lavagem de dinheiro. O inquérito foi encaminhado à Justiça na sexta-feira (11).
A polícia chegou a pedir a prisão temporária de Fernandinho e Pedro, mas a Justiça negou por entender que eles têm residência fixa, trabalham e colaboraram com a investigação.
“O inquérito comprovou que ocorreram movimentações bancárias e evolução patrimonial incompatível desses investigados através de empresas e pessoas físicas e imóveis adquiridos”, diz o delegado.
Conforme Zachello, a investigação mostrou a relação entre o vereador, o ex-subsecretário e o traficante Juliano Biron da Silva, um dos chefes de uma facções do Vale do Sinos, que está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Transferências bancárias entre Pedro Arenhardt e o Juliano Biron foram interceptadas.
“Também apreendemos, no curso do inquérito, um contrato de uma casa em Tramandaí, adquirida pelo Emerson, que foi utilizada para integralizar uma casa de autopadrão que estava sendo comprada pelo Juliano Biron, mas utilizando-se o nome de um laranja, em Cachoeirinha. Esses são os principais indicativos.”
A Polícia Civil aguarda retorno da Justiça sobre o inquérito.
As investigações policiais mostraram que o vereador passou a liderar uma facção criminosa após a prisão do então chefe do grupo, em 2011. Em 2016, entrou na carreira política após ser eleito em Novo Hamburgo. A partir deste ano, passou a integrar duas comissões, uma delas de Direitos Humanos.
Também atuava como empresário de um jogador profissional do Grêmio e de dois jogadores da categoria de base do Internacional, mas a polícia preservou os nome deles.
O vereador também é suspeito de ser o mandante de quatro homicídios ocorridos em julho de 2017. As investigações ocorrem de forma separada.
Ainda de acordo com a polícia, Fernandinho já cumpriu pena por assalto há mais de 10 anos, tráfico de drogas e outros crimes.
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